Agora que nós já fizemos análises completas tanto do 8 Plus quanto do X, podemos comparar diretamente os dois modelos.
Versão do Sistema Operacional | iOS 11 | iOS 11 |
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Tipo de Tela | Super AMOLED com 16 milhões de cores | IPS LCD com 16 milhões de cores |
Tamanho de Tela | 5,8 polegadas | 5.5 polegadas |
Resolução de Tela | 1125 x 2436 pixels | 1080 x 1920 pixels |
Chipset | Apple A11 Bionic | Apple A11 Bionic |
Memória RAM | 3 GB de RAM | 3 GB de RAM |
Armazenamento Interno | 64/256 GB | 64/256 GB |
Cartão de Memória | Não | Não |
Câmera Traseira | Dual 12 MP, aberturas f/1.8 & f/2.4, detecção de face, autofoco, OIS, 2x zoom ótico | Dupla 12 MP, abertura f/1.8 e f/2.8, distância focal 28mm e 56mm, OIS, com resolução máxima de 4032 x 3024 pixels |
Capacidade de Bateria | - | - |
Design: vitória clara do X
O design é o ponto onde as diferenças entre os dois iPhones ficam mais óbvias. O 8 Plus chega com um estilo tão parecido com o da geração anterior, que as únicas mudanças perceptíveis são as cores e o fato de a novidade ter a traseira em vidro. É um aparelho bonito, mas com uma carinha de celular de 2015 ou 2016.
Já o iPhone X é certamente o aparelho com visual mais arrojado já lançado pela Maçã. A tela quase sem bordas chama muito a atenção e o recorte dos sensores na frente pode até parecer feio no começo, mas rapidinho você se acostuma. Na traseira, a orientação das câmeras duplas também mudou para a vertical.
Por mais que o display do X seja maior, as dimensões do aparelho fazem com que ele seja um pouco mais leve e mais fácil de usar com uma mão só. Já no quesito durabilidade, a Apple diz ambos os celulares vêm com o vidro mais resistente já usado em um smartphone, mas a verdade é que vidro é vidro e nenhum dos dois é à prova de quebra, então uma boa capinha é uma necessidade real para qualquer um deles.
Tela: diferença mínima
A tela é outro ponto em que os dois iPhones são completamente diferentes. O 8 Plus vem com um display IPS LCD de 5,5 polegadas com a tecnologia Retina HD e resolução Full HD, enquanto o X é o primeiro celular da Apple a ter um painel OLED, que a Maçã resolveu chamar de Super Retina HD. Ele tem 5,8 polegadas e a resolução está entre Full HD e Quad HD.
Na prática, os dois celulares conseguem oferecer uma experiência excelente em qualidade de imagens, incluindo aqui o nível de detalhes, intensidade do brilho, destaque das cores e profundidade dos pretos. A diferença é que o modelo mais novo traz tudo isso em um nível ligeiramente superior. As únicas desvantagens do iPhone X são o recorte da câmera, que acaba cortando parte das imagens, e o fato das cores ficarem azuladas para alguém que esteja olhando a sua tela meio de lado, mas esses pontos são fáceis de contornar.
Desempenho: poder de fogo equilibrado
Se até aqui os dois aparelhos pareciam bem diferentes, no desempenho a história é outra. Tanto o iPhone 8 Plus quanto o X vêm com o novo chip A11 Bionic da Apple. Além disso, ambos têm 3 GB de RAM e contam com versões com 64 ou 256 GB de armazenamento não expansível – e a mesma coisa vale para o modelo menor, o iPhone 8.
Como os dispositivos contam com o mesmo hardware, não é estranho que o desempenho também seja idêntico entre eles. A utilização é extremamente ágil, os aplicativos rodam sem qualquer dificuldade e mesmo os games mais pesados funcionam com muita agilidade. A Apple otimizou seus celulares para que ofereçam uma experiência excelente em realidade aumentada, o que é bem legal. Em geral, o empate aqui é completo.
Interface: o X exige aprendizado
Por mais que os dois venham com o iOS 11 instalado de fábrica, a interface tem várias diferenças entre eles. No iPhone 8 Plus, a experiência é idêntica à de qualquer modelo anterior que tenha sido atualizado para essa versão do sistema. O botão home continua servindo de atalho para a home e para o gerenciador de apps abertos, a Central de Controle pode ser aberta deslizando o dedo de baixo para cima e todo o resto funciona sem mistérios para quem está acostumado com a plataforma da Apple. Além disso, o desbloqueio por impressões digitais continua presente.
Já no caso do iPhone X, a ausência do botão home e do sensor TouchID e a presença do sistema TrueDepth mudaram um bocado a forma de interagir com o aparelho. Uma barra na parte de baixo serve para abrir o gerenciador de arquivos se você deslizar o dedo de baixo até a metade da tela, ou então para voltar para a home se você continuar o gesto mais para cima. Para abrir a Central de Controle, você tem que deslizar o dedo de cima para baixo pelo lado direito, enquanto a aba de notificações desce a partir do lado esquerdo.
Sem o leitor de digitais, o iPhone X tem a tecnologia FaceID para desbloquear o aparelho usando reconhecimento facial, e isso funciona muito bem mesmo em condições variadas. Um lado ruim do recorte que abriga os sensores é que ele ocupa a barra superior e só deixa espaço na tela para o relógio, mostrador de bateria sem percentagem e ícones de conexão com a internet. Todas essas diferenças fazem você ter que se adaptar até aprender tudo, mas depois que você se acostuma a utilização tem a mesma sensação de sempre.
Câmeras: vantagens pequenas do X
Indo agora para as câmeras, os dois modelos têm sistemas bem parecidos, mas o X vem com algumas vantagens. Ambos têm sistemas traseiros com duas câmeras de 12 MP, sendo uma lente grande-angular e a outra teleobjetiva, o que possibilita zoom ótico de até duas vezes.
As fotos diurnas ou noturnas saem extremamente boas tanto no iPhone 8 Plus quanto no X e os dispositivos contam com o modo retrato para desfoque de fundo e iluminação artificial. O modelo mais caro só se sai um pouco melhor nas fotos com zoom graças à abertura maior da sua lente teleobjetiva.
Fotos tiradas com o iPhone 8 Plus:
Fotos tiradas com o iPhone X:
A estabilização ótica ajuda bastante na qualidade dos vídeos, que podem ser gravados em 4K e em até 60 quadros por segundo, o que também é ótimo e vale para os dois aparelhos. E nas câmeras frontais, as especificações são praticamente idênticas. Ambos os aparelhos conseguem fazer selfies ótimas em ambientes claros e decentes no escuro, mas a qualidade cai um pouquinho nesse último caso e dá para ver um pouco de ruído. Com a tecnologia TrueDepth, o iPhone X consegue ainda oferecer todos os recursos do modo retrato na câmera da frente.
Bateria: empate técnico
No quesito bateria, temos um empate técnico. Por mais que as reservas do iPhone X sejam ligeiramente maiores, as diferenças nas dimensões e tecnologias das telas fazem o consumo ficar bem parecido entre ele e o 8 Plus.
O resultado é que os aparelhos até conseguem aguentar um dia inteiro longe da tomada, mas para isso você precisa moderar um pouco a utilização. Mesmo assim, usuários mais intensivos, que jogam bastante, assistem muitos vídeos ou fazem várias fotos e vídeos ao longo do dia, provavelmente vão precisar andar com o carregador sempre que saírem de casa.
Os dois aparelhos são compatíveis com recarga wireless, mas você vai precisar adquirir uma base separadamente. Ambos também dão suporte a carregamento rápido, mas o carregador e o cabo que são necessários para isso não estão inclusos no pacote de fábrica e custam mais uma boa grana no site da Apple.
Preço: ambos caros, mas X mais assustador
Falando em dinheiro, quem quiser comprar qualquer um dos novos iPhones vai ter que estar disposto a gastar bastante. Os valores oficiais dos modelos de 64 ou 256 GB do 8 Plus são respectivamente R$ 4,6 mil e R$ 5,4 mil, enquanto as versões do iPhone X com o mesmo espaço interno saem por R$ 7 mil e R$ 7,8 mil. Isso, claro, se você comprar direto do site da Apple e não pegar nenhuma promoção. É possível achar preços um pouco menores procurando na internet.
O iPhone 8 Plus não é um smartphone barato, muito longe disso, mas o preço do X aqui no Brasil está simplesmente assustador. Ele é sim um celular muito bom e é um pouco melhor do que o 8 Plus em vários pontos, especialmente no design e na tela, mas na minha opinião essas vantagens com certeza não justificam pagar mais de R$ 2 mil a mais.
Ou seja, se você faz questão de ter um iPhone lançado em 2017 e não tem dinheiro sobrando para jogar no ventilador, a escolha mais recomendada entre os dois é o 8 Plus. Agora, se tudo o que você quer é um bom smartphone top de linha lançado este ano, então há várias ótimas opções Android que já podem ser encontradas por menos de R$ 3 mil dependendo das promoções, incluindo o Galaxy S8, o Moto Z2 Force e o OnePlus 5, entre outros.
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